quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Classe dos Peixes

Classe dos Peixes
  ·      Características Gerais

 ·      Ordem

 ·      Reprodução

 ·      Sistemas

 ·      Importância
Componentes da equipe
Dinalda Gonçalves
Fábio Bryan
Girlane Oliveira
Maria Ivaneide
Marília Souza
Queila Rodrigues
Yago Ronaldo

Características Gerais
A designação de peixes é simplesmente definida como um vertebrado aquático de sangue frio. Possuem coluna vertebral, vivem na água e sua temperatura sangüínea se equilibra com o ambiente.
Os peixes possuem uma visão de curta distância, embora enxerguem em todas as direções. Não conseguem ouvir muito bem, porém possuem partes sensíveis no corpo que lhes permitem perceber o que está ocorrendo nas proximidades.
A maioria dos peixes respira por brânquias ou guelras, se locomove por meio de nadadeiras, se reproduz pondo ovos e seu corpo é coberto por escamas protetoras.
Certos grupos extintos foram dotados de um escudo ósseo protetor, além do esqueleto interno. Sua pele possui duas camadas: por fora a epiderme e sob ela, a derme. As glândulas da epiderme secretam um muco protetor contra fungos e bactérias.
As escamas, que formam um escudo mais resistente, são feitas de ossos transparentes enraizados na derme. Como os anéis das árvores, elas registram a idade e o crescimento do peixe. As nadadeiras são classificadas em ímpares (dorsal, caudal e anal) e pares (peitorais e pélvicas).
De acordo com a estrutura física, podemos classificar os peixes em dois tipos:
- Ósseos: é a grande parte dos peixes. Possuem ossos e sistema esquelético. Fazem parte desta categoria a sardinha, a garoupa, o bacalhau, o atum, etc.

Os peixes ósseos são o grupo mais vasto e diverso de peixes atuais. Estes animais habitam todos os tipos de água, doce, salobra, salgada, quente ou fria (embora a maioria seja limitada a temperaturas entre 9 e 11ºC).
Tipicamente os peixes ósseos não são maiores que 1 m de comprimento, mas existem formas reduzidas (certos gobies têm apenas 10 mm de comprimento) e gigantescas (espadarte com 3,70 m, o esturjão com 3,80 m e 590 Kg de peso ou o peixe-lua com 900 Kg de peso). 
Adaptaram-se a viver em condições por vezes difíceis, como lagos a grande altitude, zonas polares, fontes hidrotermais, charcos com elevada salinidade ou pobres em oxigênio, etc.
Muitos peixes realizam migrações periódicas, seja de local para local, seja de águas profundas para a superfície, tanto para desovar como para se alimentar.
As suas características principais incluem um corpo, mais alto que largo e de silhueta oval, o que facilita a deslocação através da água.
A cabeça estende-se da ponta do focinho á abertura do opérculo, o tronco daí ao ânus, para trás do qual se tem a cauda. O corpo apresenta uma forte musculatura segmentar – miomeros -, separados por delicados septos conjuntivos.
O esqueleto é formado por ossos verdadeiros, embora algumas espécies possam apresentar ossos cartilagíneos (esturjão, por exemplo), com numerosas vértebras distintas, embora seja frequente a persistência de notocorda nos espaços intervertebrais.
O esqueleto apresenta 3 partes principais: coluna vertebral, crânio e raios das barbatanas. Da coluna vertebral partem as costelas e a cintura peitoral (não existe cintura pélvica, ligando-se essas barbatanas por meio de tendões, sem ligação á coluna vertebral). Numerosos outros pequenos ossos sustentam os raios das barbatanas.
O crânio é articulado com as maxilas e mandíbulas, ambas bem desenvolvidas, e suporta os arcos branquiais. A articulação do crânio com a coluna vertebral é tão forte que os peixes não podem virar a cabeça. A cauda é geralmente homocerca. A pele cobre todo o corpo e contém inúmeras glândulas mucosas, cuja secreção facilita o deslizar através da água e protege contra infecções. As escamas são finas, arredondadas e implantadas em fileiras longitudinais e diagonais, imbricadas como as telhas de um telhado. Cada escama está fixa numa bolsa dérmica e cresce durante a vida do animal, o que geralmente origina anéis de crescimento (maiores no verão e muito pequenos no inverno). Estes anéis são mais notórios em peixes de regiões temperadas. Devido ao padrão de distribuição, forma, estrutura e número das escamas ser quase constante em cada espécie.
Ao contrário dos peixes cartilagíneos, e devido à presença de bexiga natatória, os peixes ósseos não necessitam das barbatanas para se manterem a flutuar, usando-as apenas para manobrar na água.
- Cartilaginosos: não possuem ossos, apenas cartilagens que dão sustentação ao corpo. É a minoria dos peixes. Os tubarões e arraias fazem parte desta categoria de peixes.

Ordem
Os peixes são classificados em três grandes classes: Agnatha, Chondricthyes, Osteichthyes.
Os Chondricthyes (chondros = cartilagem + ichthys = peixe) têm o esqueleto cartilaginoso.
São exemplos de peixes cartilaginosos os tubarões, arraias, peixes-serra etc..
A classe dos Chondricthyes apresenta três principais ordens:
Squaliformes
Squaliformes é uma ordem de tubarões que inclui 80 espécies em 4 famílias.
Peixes cartilaginosos, corpo fusiforme, nadadeiras peitorais de tamanho médio, 5 a 7 pares de fendas branquiais, com espiráculo.
Os membros desta ordem possuem duas barbatanas dorsais, não possuindo barbatana anal nem membrana nictitante.








Rajiformes
Corpo achatado, nadadeiras peitorais grandes unidas ao lado da cabeça, cinco pares de fendas branquiais, um par de espiráculos.
Rajiformes é uma ordem de raias que inclui as jamantas, os peixes-viola e as raias-de-espinho.


Raia Jamanta


Chimaeriformes
Existem cerca de 30 espécies viventes, todas marinhas, sendo que a maioria vive nas profundezas, onde são raramente observadas.
Fendas branquiais cobertas por um opérculo, não apresentam espiráculo.


Quimera

Sistemas
Sistema circulatório

A circulação é fechada, simples e completa. Simples, pelo fato de que o sangue passa uma vez pelo coração, a cada ciclo de circulação, porém, o sangue rico em oxigênio se mistura com o que contém grande quantidade de gás carbônico. O coração dos peixes é primitivo, em forma de tubo contínuo, com duas cavidades, um átrio(bolsa muscular de uma única direção de direcionar o sangue até ao ventrículo;) e um ventrículo( a bolsa muscular que efetua o trabalho de aspiração com a bomba cardíaca), que impulsiona o sangue adiante. Como peixes têm respiração branquial por difusão do gás carbônico na água, o sangue que passa pelo coração destes representantes é do tipo venoso (rico em gás carbônico).

Sistema digestivo
Os peixes têm o sistema digestivo completo, o alimento é ingerido pela boca e sofre um inicio de uma trituração no esôfago. A trituração dos alimentos é feita essencialmente no estômago e, em muitas espécies, em divertículos em forma de dedo. Estes divertículos começam a ativar as enzimas digestivas e começam a absorção dos nutrientes.
Órgãos como o fígado e o pâncreas dispõem de novas enzimas digestivas à medida que o alimento viaja pelo tubo digestivo. Os intestinos completam o processo de digestão e de absorção dos nutrientes. Os peixes comem plantas e outros organismos.













Sistema nervoso
Os peixes têm um sistema nervoso bem desenvolvido que se organiza a volta de um cérebro dividido em várias partes:
O mais anterior, ou frontal, contém as glândulas olfativas.
O cérebro, ao contrário dos outros vertebrados, ocupa-se mais no tratamento das informações que disponham de prioridades olfativas e assiste na realização de movimentos voluntários.
Os lóbulos ópticos tratam das informações que provem dos olhos.
O cérebro coordena os movimentos do corpo. A medula controla o funcionamento dos órgãos internos.
A maioria dos peixes possui órgãos sensoriais muito desenvolvidos. Por exemplo, as maiorias dos peixes diurnos têm olhos capazes de uma visão a cores pelo menos tão boa com a dos humanos.
Sistema respiratório
Ao contrário de outros animais aquáticos que possuem pulmões e por isso têm de vir frequentemente à superfície para respirar, os peixes possuem brânquias (ou guelras) que lhes permite captar o oxigênio da água.
Para a entrada da água o peixe abre a boca (fechando o opérculo) e para a saída abre o opérculo (fechando a boca). A água, depois de chegar à câmara branquial, banha as brânquias. Aí cede ao sangue o oxigênio dissolvido e recebe o dióxido de carbono, saindo, a seguir, pela fenda opercular.  A divisão das brânquias em muitas lamelas permite-lhes dispor de uma grande superfície de contacto, quer com a água quer com o elevado número de vasos sanguíneos que as irrigam, facilitando as trocas gasosas.
Apesar de todos os peixes terem brânquias, nem todos possuem opérculos. Os peixes cartilagíneos como os tubarões e as raias, têm fendas branquiais em forma de pregas.
As trocas gasosas que ocorrem nas brânquias dos peixes são semelhantes às que acontecem nos pulmões: a água expelida pelas aberturas operculares é mais pobre em oxigênio e mais rica em dióxido de carbono do que a que entra pela boca do peixe. A hematose branquial consiste nas trocas gasosas que se efetuam nas brânquias. Parte do oxigênio dissolvido na água passa para as brânquias (e destas para o sangue) e o dióxido de carbono passa das brânquias (vindo do sangue) para a água.





Reprodução
A maioria dos peixes é dióica, ovípara, fertiliza os óvulos externamente e não desenvolve cuidados parentais. Nas espécies que vivem em cardumes, as fêmeas desovam nas próprias águas onde os cardumes vivem e, ao mesmo tempo, os machos libertam o esperma na água, promovendo a fertilização. Em alguns peixes pelágicos, os ovos flutuam livremente na água – e podem ser comidos por outros organismos, quer planctônico (Seres planctônicos são seres mais rudimentares, que não se movimentam (ou muito pouco) e que são arrastados pela corrente), quer nectónicos(possuem orgãos eficientes que lhes permite deslocar-se voluntariamente na água); por essa razão, nessas espécies é normal cada fêmea libertar um enorme número de óvulos. Noutras espécies, os ovos afundam e o seu desenvolvimento realiza-se junto ao fundo – nestes casos, os óvulos podem não ser tão numerosos, uma vez que são menos vulneráveis aos predadores. 
Importância
Os peixes têm uma grande importância para a humanidade e desde tempos imemoriais foram pescados para a sua alimentação.
Algumas espécies são excelentes dispersoras de sementes, como as espécies de pacus por exemplo. Outras como os lambaris e barrigudinhos são controladores de larvas de mosquitos e comem ovos de outras espécies ajudando a preservar o equilíbrio. Outras ainda como as piranhas são os urubus dos rios, limpando carcaças e evitando assim o surgimento ou transmissão de doenças. Além destas nobres funções, ainda servem de alimento para inúmeras espécies animais.